sábado, abril 16, 2005

Poluição na Covilhã.

Nasci na Covilhã e apesar de já lá não viver,
ainda me preocupo com o seu destino.
Por isso sou bastante céptico em relação à política na Beira Interior.
Um caso paradigmático está relacionado com a poluição que desde o início da revolução industrial (mais de 150 anos), assola as ribeiras que atravessam a cidade.
Recentemente a Degoldra, que atravessa a UBI, foi alvo de uma intervenção no âmbito do Projecto Polis (dinheiro do estado central) que culminou com o famoso Jardim do Lago.
No entanto se olharmos para a outra ribeira, a da Carpinteira, podemos ainda observar a melhor espuma que uma tinturaria sem esgotos pode oferecer.


creditos: BB.

Nesta Foto tirada de um comboio em andamento... Temos uma amostra do esterco que há centenas de anos ruma em direcção ao Zêzere, e consequentemente para a torneira de qualquer alfacinha.
Infelizmente isto é só uma pequena amostra. Dos 60000 habitantes do conselho, muito poucos (julgo que nenhuns) têm esgotos ligados a uma ETAR que funcione, resultado: vai tudo parar a Lisboa.
É sempre um alívio verificar que a Câmara Municipal de uma cidade sem esgotos tratados está mais preocupada com a abertura de casinos (estou a falar da Covilhã).

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